terça-feira, 28 de janeiro de 2014


Os astrónomos descobriram o que poderia ser uma estrutura nunca antes vista, um rio de hidrogénio que flui através do espaço. 
Este filamento muito ténue está a fluir para a galáxia NGC 6946 e pode ajudar a explicar como certas galáxias em espiral acompanham o seu ritmo constante de formação de estrelas.

A descoberta foi feita pelo astrónomo D.J. Pisano, da West Virginia University, através do telescópio GBT, nos EUA, o maior radiotelescópio totalmente dirigível do mundo.
“Sabíamos que o combustível para a formação de estrelas tinha que vir de algum lugar.
 Até agora, no entanto, tínhamos detectado apenas cerca de 10% do que seria necessário para explicar o que observamos em muitas galáxias”, disse Pisano. “A principal teoria é que os rios de hidrogénio – conhecidos como fluxos de frio – podem transportar hidrogénio através do espaço intergaláctico, clandestinamente alimentando a formação de estrelas. Mas esse ténue hidrogénio tem sido simplesmente demasiado difuso para ser detectado, até agora.”.

As galáxias em espiral, como a Via Láctea, normalmente mantém um ritmo bastante tranquilo, mas de constante formação de estrelas. 
Outras, como NGC 6946, que está localizada a aproximadamente 22 milhões de anos-luz da Terra, na fronteira das constelações Cepheus e Cygnus, são muito mais activas, embora menos do que as galáxias starburst mais extremas. 
Isso levantava a questão: O que estará a alimentar esta formação de estrelas?
Usando o GBT, Pisano foi capaz de detectar o brilho emitido pelo gás hidrogénio neutro conectando NGC 6946 com os seus vizinhos cósmicos. 

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