domingo, 25 de agosto de 2013


Uma equipa internacional de astrónomos, liderada por investigadores do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP), conseguiu desvendar o mistério, com 30 anos, sobre os núcleos activos de galáxias, informou hoje a instituição.

Em comunicado, o CAUP assinala que a equipa «descobriu que o meio interestelar de algumas galáxias elípticas [que têm a forma de uma esfera ou elipse] é tão poroso que até cerca de 90 por cento da radiação ionizante consegue escapar à absorção pelo meio interestelar» (material que preenche o espaço entre as estrelas, sobretudo gás e poeira).


«Como consequência, o próprio meio interestelar torna-se também incapaz de emitir energia suficiente sob a forma de luz visível, resultando em luminosidades muito baixas nas riscas de emissão do gás ionizado, quando comparado com raios-X ou rádio», adianta a nota.


Citado no comunicado, o investigador do CAUP Polychronis Papaderos realça que os resultados das novas observações, de maior resolução, «fornecem a solução de um enigma com 30 anos e um novo modelo conceptual, com o qual a família dos núcleos activos de galáxias se torna muito mais simples».


Os núcleos activos de uma galáxia são uma região relativamente pequena no centro de uma galáxia, que «apresenta uma intensa emissão de radiação electromagnética».
A radiação ionizante é radiação produzida pelas estrelas «com energia suficiente para promover a ejecção de electrões de átomos e moléculas». 


A radiação electromagnética é um de vários tipos de radiação ionizante e corresponde às bandas de raios-X e raios gama.
O Centro de Astrofísica da Universidade do Porto explica que a emissão de radiação electromagnética dos núcleos activos de galáxias pode estar concentrada numa zona limitada do espectro electromagnético (geralmente rádio ou raios-x) ou cobri-lo na quase totalidade.


De acordo com o CAUP, a maioria dos núcleos activos das galáxias «apresenta uma emissão muito elevada nas bandas do rádio ou dos raios-X, mas quase indetetável no visível».
Por isso, até agora, os astrónomos ignoravam se este tipo de objetos «correspondiam a casos de elevada actividade (evidenciada pela emissão intensa em raios-X) ou de baixa actividade (tal como sugerido pela fraca emissão no visível)».


Fonte: diariodigital

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